Uma imersão de 2 dias com Mariana Camarote e Bruno Caverna, onde iremos explorar através da pesquisa somática o desenvolvimento intrauterino do bebê e seus padrões de movimento dentro do ambiente aquático.

E como esses estados iniciais podem servir de apoio para estabelecer um tônus que pode se adaptar a uma relação equilibrada com a gravidade.

Iremos trabalhar, através de somatizações guiadas, respiração, trabalho com toque e movimento.

SOBRE A PROPOSTA COLABORATIVA

Nesse encontro iremos abordar o trabalho de movimento, lidando com a fluidez do movimento. Nosso corpo é composto por 72% de água,esses fluídos internos, assim como as águas na natureza, assumem diferente formas e estados, nosso corpos podem se adaptar às situações, fluir com elas, mudar estados, ser atravessado por diferentes emoções e suavizar formas rígidas

Neste encontro iremos conhecer nossos fluídos, nos apropriando da anatomia dos fluidos em um nível celular e também em nossos tecidos, sangue, linfa e outros sistemas, que nos habitam.

A partir da sensibilização somática e da mobilização de nossos fluídos internos, preparamos o corpo para explorar práticas de movimento sutis e sensíveis com enfoque na percepção da força gravitacional. Vamos mapear e expor a presença de resistências internas. As práticas têm como objetivo refletir como o processo de verticalização de nossa estrutura corporal perante à gravidade e ao medo de cair gera inevitavelmente bloqueios físicos e excesso de tonificação muscular que acabam por fim comprometendo uma expressão fluida e saudável da nossa natureza corporal líquida.

— Mari Camarote

Mergulhando nas águas da vida: Um estudo somático dos padrões de movimento intrauterinos.

A natureza básica do ambiente uterino é fluida e uma parte extremamente significativa do desenvolvimento neuromotor do bebê ocorre nesse ambiente. Dentro das águas o embrião se nutre, se desenvolve, toma forma, cresce e amadurece seus tecidos preparando-se para a vida no ambiente terrestre. Conforme o desenvolvimento intra uterino o bebê passa por mudanças de tônus nos tecidos e começa a criar movimentos involuntários que gradualmente tornam-se voluntários. Os padrões pré-vertebrais de movimento refletem os primeiros gestos e caminhos motores que formam a base para movimentos mais complexos que o bebê aprenderá após o nascimento. Experienciar os padrões pré-vertebrais de movimento é importante, pois retoma a memória de como nos mover sem esforço, levando em nossos gestos a consciência das águas que nos habitam internamente. Acessaremos esses estados, e a partir deles estabeleceremos um diálogo com a fase subsequente de movimento, onde o corpo passa ao ambiente terrestre e se move com a presença da gravidade.

— Bruno Caverna

Gravidade e O Corpo em Queda Livre

Durante toda nossa passagem pelo planeta somos acolhidos pela força gravitacional, o berço invisível de onde todo o desenvolvimento físico-estrutural na condição bípede desabrocha. À medida que o corpo humano alcança o eixo vertical, a negociação com a gravidade se torna uma constante em nossas vidas. Vivemos na iminência de cair no próximo instante. Cair pode ser uma experiência extremamente prazerosa e libertadora mas também potencialmente lesiva e até fatal.


Na prática demonstramos que o mais comum talvez não seja o mais eficaz. Apresentamos uma alternativa na forma como comumente nos relacionamos com a força gravitacional. Primeiro passo é identificar as resistências mascaradas, trazer a consciência a realização que o medo do cair não acontece somente na queda mas sim um estado constante que carregamos a toda parte, a todo momento, ainda que não reconhecida. É através do reconhecimento desses mecanismos inconscientes de resistência que adquirimos o potencial em reescrever alguns padrões de comportamento disfuncionais reativos à queda que pode se manifestar em todos os níveis do ser.

QUANDO

ONDE

Investimento